Escrito no. 13
Os últimos tempos têm sido desafiadores. Muita coisa acontecendo do lado de dentro. Estava exausta.
Os últimos tempos têm sido desafiadores. Muita coisa acontecendo do lado de dentro. Estava exausta.
Não que ainda não esteja, mas passar uns dias olhando a vida por outra perspectiva, fazendo uma das coisas que mais amo que é buscar conhecimento, numa cidade em que eu me sinto acolhida, já fez uma diferença enorme.
Vocês têm acompanhado alguns movimentos meus para me colocar aqui mais de forma integral, trazendo questões profissionais, novos projetos, me colocando mais à mostra. O que vocês não enxergam e não têm acesso é o quanto tudo isso tem mexido comigo.
São tantos questionamentos sobre se isso faz sentido pra vocês também, tanto duvidar de mim mesma, de colocar à prova o quanto eu acredito no que eu faço e em todo o meu potencial, que me faltam palavras.
E é na escrita que eu encontro uma forma de organizar os pensamentos (além da terapia). Por isso tanto textão. O que me lembra a Cris Lisbôa e sua Go Writers: colocar o coração na ponta dos dedos porque tem coisa que só sai da gente por escrito. Nem tudo vem parar aqui porque são textos apenas pra mim. Eles são um refúgio, como disse a Roberta Pschichholz, lá no evento do Minas de Propósito.
Teve outra coisa que a Roberta também trouxe naquele dia e que é uma questão aqui: será que alguém se interessa pelo que eu trago a público, pelo compartilhamento das minhas experiências, meus causos, minha trajetória? Faz sentido colocar a minha história pro mundo? Alguém vai me ler? Vai me escutar?
“Toda história tem valor”, ela disse. Isso vem ressoando aqui dentro desde aquele dia. Acostumada a escutar a história dos outros e dar valor a elas, tanto na vida profissional, como na pessoal, eu esqueço o quanto a minha história também tem valor. E o quanto eu preciso valorizá-la. Ninguém vai poder fazer isso melhor do que eu.
Me dar conta disso, traz alguns medos pra fora, me deixa mais vulnerável, mas como diz Brené Brown, vulnerabilidade é força e para se comprometer é preciso coragem.
Então aqui estou, publicamente, mais uma vez me comprometendo comigo e com a minha história que vem sendo escrita em primeira pessoa com papel e lápis, do meu jeito, no tempo que precisa ter para cada coisa, sempre acompanhada pelos meus guias, mentores e guardiões. Que eu permita que seja um processo mais leve.
Quem vem junto?
Como temas questionamentos e inquietações muito semelhantes..... sempre que paro para escrever a minha news penso em quem está do outro lado e o quanto a minha escrita fará alguma pequena diferença no dia dela. E sempre acho que não fará diferença alguma.... hahahah. Será que essa insegurança toda faz parte apenas do universo feminino?
Diante de tudo isso (e para me fortalecer), tenho pensado que se apenas uma pessoa se sensibilizar com minhas palavras, já vai ter valido muito a pena.
Sigamos fortes, vulneráveis e unidas para colocar pra fora o que nos inquieta 💚